Atendia e gerenciava clientes na expectativa de evoluir na prática da advocacia e de propor soluções inovadoras e colaborativas para além da mera técnica jurídica. Acreditava (e ainda acredito!) em uma visão de futuro onde associados e escritórios constroem, juntos, caminhos para a mudança. Esbarrei em profissionais e escritórios “amarrados” para avançar, ou porque acreditavam nas velhas práticas do sucesso do “eu sozinho” ou porque estavam imersos em ambientes organizacionais competitivos que se esgotam em si mesmos. Em escritórios sem clareza de objetivos ou sem planos de voo, profissionais sem perspectivas tendem a alimentar um alto turnover.
Fiquei desestimulada, realidade bem comum entre profissionais que atendo. Questionei se meu trabalho tinha sentido ou futuro, e se aquele caminho indefinido era o caminho que eu queria seguir. Diante da minha inquietação, um amigo não advogado e com experiência corporativa me apresentou o coaching. Já tinha ouvido falar algo a respeito, mas até então era uma área desconhecida pra mim – que dirá em ambiente jurídico. Decidi explorar e embarquei na experiência pessoal. “Me virei do avesso, e entendi. Esse é o meu lado certo”.
Por isso, quando as pessoas me perguntam por que eu decidi ser coach, eu conto a minha história. Não é só uma questão de ajudar as pessoas e escritórios a se conhecerem e se reinventarem. É ajudar profissionais a estabelecerem metas claras e estabelecerem caminhos como protagonistas. É ser útil e levar em conta que senti as dores que estas pessoas sentem e que entendo a realidade e as especificidades desse mercado.
Nos meses seguintes ao meu mergulho pessoal, investi em minha capacitação e certificação em coaching e, em seguida, em mentoria. Por um bom tempo me dividi entre o exercício da advocacia e a atuação como coach jurídico. Em seguida surgiram os clientes empresariais, e com eles a oferta de consultorias em gestão legal estratégica para escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Sacrifiquei o exercício da advocacia para investir no meu propósito. Constato que cheguei aonde eu esperava estar quando vejo clientes buscando e conquistando algo maior do que sucesso financeiro, obtendo mais clareza sobre seus objetivos, sobre os riscos envolvidos e sobre quais caminhos seguir. Tornam-se mais confiantes e efetivos em seus processos, capazes de engajar a si e a todos os integrantes da cadeia – clientes, parceiros e associados. Por isso cada um deles é, para mim, a (re)afirmação da missão cumprida.
Passei, então, a expandir a oferta de conhecimento em palestras, e em seguida em workshops e cursos presenciais e online. E na crença da inovação no mercado jurídico, assumi a Coordenação de Desenvolvimento Profissional do Advogado da Escola Superior da Advocacia (ESA/RJ) da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro. Tendo a educação como ferramenta para a transformação, em pouco tempo espero ver um mercado mais fortalecido, renovado e aprimorado para atender de forma mais construtiva as demandas da sociedade.
Desejo que você e o seu escritório tenham histórias concretas de conquistas para contar. Eu e a minha empresa, a Innova Juris, estaremos a postos para te ajudar a escrever alguns capítulos, se precisar.
